
Tal como prometeu ontem, a Renamo apresentou, na manhã desta Quinta-feira, na base de Inhaminga, na Província de Sofala, o General Josefo de Sousa, que era dado como morto por alguns generais considerados desertores pelo porta-voz do partido, José Manteigas.
“Reiteramos que o major general Nyonga é um desertor. Ele e seus companheiros desertaram das fileiras das forças da Renamo. É uma grosseira mentira dizer que o brigadeiro Josefo foi assassinado, porque nos próximos tempos ele vai aparecer publicamente e todos vão perceber que isto não passou de uma calúnia”, garantiu ontem Manteigas.
Como tal, na manhã desta Quinta-feira, uma equipa de jornalistas testemunharam, numa das bases da Renamo, em Inhaminga, no interior de Sofala, que Josefo de Sousa está vivo.
Visivelmente abatido fisicamente, Josefo saiu das matas vestido a civil com uma camisa e boné do partido, como que “ornamentado” para aquela apresentação pública.
Recorde-se que ontem, o tenente general Mariano Nyonga Chissingue, em conferência de imprensa a partir das matas da Gorongosa havia desafiado o partido a apresentar Josefo de Sousa e outros dois generais que, ele e seu grupo, suspeitavam que haviam sido assassinados pelo presidente da Renamo, Ossufo Momade.
“Até hoje não temos informação de Josefo, Ponhya e Tayo. Foram mortos. Se eles estão vivos, porque é que estão a esconder? Tirem. Se realmente não foram assassinados que sejam apresentados, as famílias querem falar com eles”, desafiou.
A apresentação de Josefo de Sousa, não só dissipa as dúvidas como desacredita o grupo daqueles antigos guerrilheiros, liderados por Nyonga, considerados desertores pelo partido.
Entretanto, nas duas conferências de imprensa que concederam a jornalistas estavam empunhados de armas e ameaçaram não se submeterem ao processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração, sob ordens de Ossufo Momade. A pergunta que não quer calar é: Com esta aparente desintegração nas fileiras dos guerrilheiros, estaria a Renamo em condições de conseguir alcançar um entendimento internamente, ou o governo terá que negociar um outro acordo de paz com a ala descontente e armada?
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